Apesar da minha luta pela criação
da Casa Ziraldo de Cultura. Apesar do trabalho que lá desenvolvi de corpo,
alma, coração e que devido a isso obteve um saldo muito positivo - mesmo diante
da absoluta falta de estrutura operacional que me impediu de fazer o meu melhor
- estas prerrogativas não me dão direito à perenidade do cargo que exercia. Tampouco
tenho esta pretensão.
Quem efetiva tem todo o direito
de exonerar, desde que tenha motivo e que não use a Casa Ziraldo como manobra política.
Devido a esta máxima, minha exoneração frente à direção da instituição poderia
e deveria ter sido natural, não fosse a forma arbitrária, desrespeitosa e
covarde com a qual foi feita.
Exoneração friamente premeditada,
visando assegurar uma agenda de eventos já programada até o final do ano. Além
disso, sem aviso prévio, o que me fez deparar com o espaço trancado com uma
fechadura trocada como se eu fosse um moleque.
O assunto por mim se esgotaria
logo depois do meu desabafo na minha página da internet. Mas pra minha
surpresa, tive uma avalanche de mensagens de apoio, telefonemas, abraços nas ruas,
manifestações de personalidades do meio cultural, divulgações em sites e blogs
afins de todo Brasil e até do exterior.
Claro, me serviu de bálsamo
diante de tamanha decepção e de recompensa por saber que Caratinga reconhece o
meu trabalho. Por isso, não posso me privar de agradecer a todos e ilustrar este
lastimável episódio com estas belas e cáusticas charges que amigos cartunistas,
de várias partes do país me enviaram, haja vista que nossa profissão repudia qualquer
ação predatória à liberdade de expressão.
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