domingo, 15 de julho de 2018

CARATINGA 170 ANOS - De Agnaldo a Ziraldo, os Destaques da Nossa Cultura

Caricaturas extraídas do livro Caratinga de Todos os Dons, de minha autoria

 Que Caratinga é pródiga em gerar talentos, o mundo inteiro já sabe. 
 Olha eu, exagerando, no ufanismo tão peculiar com que nós, caratinguenses, costumamos agir e pensar, em relação à nossa cidade. Diante dessa afirmação é muito comum um caratinguense ser reconhecido, por onde quer que vá, como “o Caratinga”, de tanto que a gente fala - e com orgulho - de nossa terra. 
 Vez por outra nos deparamos criticando, reclamando, falando até em sair “desse lugar”. Mas nunca admitimos que nos digam que Caratinga é bonitinha – “ela é linda, a melhor de todas!”. Coisas do amor. 
 Costumo dizer aos meus amigos que a população de Caratinga parece ser maior do que a da China. Você se depara com um caratinguense em tudo quanto é lugar. E ele não está ali, para ser mais um. Geralmente, ele está em posição de destaque, em qualquer área de atuação. 
 Desconheço cidade do porte da nossa, e até de outras bem maiores, que possua um cartel de filhos consagrados do naipe de Ziraldo, Agnaldo Timóteo, Ruy Castro e Míriam Leitão. Assim como tantos outros conterrâneos que nos orgulham com seus talentos, manifestados nas mais variadas atividades. Os que saíram e os que aqui estão, enaltecem o nome de Caratinga nas terras mais longínquas. E me limito aqui a exaltar os que atuam na arte, no esporte e na literatura. 
 Sempre procurei valorizar, criar oportunidades e visibilidades aos que labutam na arte. Dos mais antigos aos promissores. Atuando nessa área há um bom tempo, sei bem as agruras e os caminhos tortuosos a que submetemos para realizações de nossos sonhos. Ao criar a Casa Ziraldo de Cultura, o principal objetivo, além de fomentar a cultura de Caratinga, foi a de valorizar e dar espaço aos escritores, artistas e resgatar personagens que fazem parte da nossa história. 
 Em 2017, lancei um livro de caricaturas com dados biográficos, intitulado Caratinga de Todos os Dons – volume 1, homenageando alguns deles, que aqui cito: Agnaldo Timóteo, Camilo Lucas, Eugênio Maria Gomes, Flávio Anselmo, Hélio Amaral, José Aylton de Mattos, Lord Manga, Marcelo Alves, Marilene Godinho, Maxs Portes, Míriam Leitão, Monir Ali Saygli, Monsehor Raul, Onair de Freitas, Orides Gomes, Paulo Vieira, Ruy Castro, Stael Abelha e Ziraldo Alves Pinto. 
 Volume 1, pois ainda ficou muita gente de destaque de fora, mas que, certamente, estará presente no(s) próximo(s) fascículo(s). E como surgem talentos aos montes por essas bandas! Apesar do paradoxo, já que nunca existiu um planejamento de apoio e incentivo do poder público para dar respaldo à nossa cultura. Ainda assim, não duvide que terei que me virar para produzir outras edições, para render mais homenagens. 
 Sabendo que corro o sério risco de ser traído pela memória e deixar alguém de fora, arrisco-me a citar aqui outra seleção: João Pena, Etienninho, Walter Zavatário, Águida Pereira, Paulo Motta, José Brisce, Zélio, Marko Santana, Juarez Gomes de Sá, Sylvio Abreu, Lane, Thiago Delegado, Vagn, Fernando Santos, Walber Souza, José Geraldo Batista, Bia Mussi, Simone Leitão, Manoel Boca “Berlamino”, Natan Azevedo, Célio Hott, Ivan Capua, Marcelo Robocop, Américo Galvão, Ivanir Faria, Márcio Soares, Leandro Martins, Renato (o palhaço Mixirica), André Carvalho, Vínicius Faria, o recém chegado Padre Gleidson e os jovens Brunno Maiia ( Desenhista) , Izaú Christofer (Escritor) e uma infinidade de músicos que dão cor, luz e harmonia à nossa vida noturna, aos bares da cidade, que faço representar aqui pelo saudoso cantor Isaac Viana e os membros da família Reis Mattos: Almério, Dedéu e Analígia. 
 Fui digitando os nomes na sequência que vieram da minha mente. Não posso ser culpado e nem cobrado pela ausência de alguns outros. Essa incumbência não me compete e muito menos mereço arcar com esse ônus. Eu sou apenas um rapaz latino americano, estou na estrada também. Essa atitude faz parte de mim, movido pela sensibilidade de querer, fazer valer, o reconhecimento. Tenho orgulho de ser caratinguense, o único, nascido dentro de uma família toda de Carangola. Você que está me acompanhando nessa lista, lembrará de outros artistas. E assim será quando eu também ler o livro impresso, pois como bem disse Ziraldo em uma de suas crônicas: “Ninguém Segura Caratinga!”. ]

Artigo publicado na edição de hoje do Diário de Caratinga

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